terça-feira, 18 de outubro de 2011

crescendo, foi ganhando espaço [parte 3]

Foi, Guinho. Vovó disse que você tinha feições femininas! Titia já riu tanto da cara dela depois disso, viu?! Riu tanto que você nem acredita! Mas não teve problema não, ó... quando vovó soube que você era um menininho, ficou toda feliz! Toda, toda! Acho que até se você fosse um et, vovó ficaria feliz, Guinho. É tanto amor. Tanto amor...

Eu cheguei de viagem um dia antes de você nascer, sabia?! Menos de 24h! Cheguei aqui, na cidade, era mais de meia noite já... E ainda pedi pra papai ir na sua casa. Tava morta de cansada, mas queria ver o quanto você tinha crescido... Queria ver o quanto a barriga da sua mãe tinha crescido. E tava enorme, Guinho!! Enorme! Quase estourando!

No outro dia, acordei com seu bisa e sua bisa aqui em casa. Era tanta saudade... À tarde, mal deu tempo de respirar. Tinha que ajeitar tudo logo, que a hora de você chegar tava chegando. A gente foi pro hospital no finalzinho da tarde, Guinho. Seus pais já tavam lá, no quarto. Era tanta festa! Tanta expectativa! De repente, um monte de gente foi chegando. Eram seus avós, suas tias, sua madrinha, as amigas da sua mãe, as amigas da sua avó, todo mundo. Sabe esse "quadro" que hoje em dia tá preso na porta do seu quarto, com uma chuteirinha e as cores do Flamengo, Guinho? Era ele que tava na porta do quarto do hospital. Lindo, né?! Parece que todos os detalhes foram escolhidos a dedo, tudo foi pensado muito cuidadosamente, pro dia em que você chegasse. Pena que eu não pude participar disso...

Mas não tem problema. Porque a partir dali eu participei, sabe?! 1º de março de 2011. Foi nesse dia que o amor soube o que era amor, que o céu ficou muito mais lindo e papai do céu deu um sopro de vida na gente. Ele coxixou nos nossos ouvidos, com um hálito cheio de amor, dizendo bem assim: é ele quem vai tornar os dias de vocês muito mais bonitos.

E, olhe, era muito verdade, viu, Guinho? Sabia que eu, no dia em que você nasceu, subi os cinco andares do hospital de escada? É que tava demorando muito, tinha gente lá embaixo, não podia mais subir ninguém... aí Titia foi lá, falar com o pessoal, sabe?! Justamente nessa bendita hora, o celular toca, com alguém dizendo que você tava indo pro quarto. Eu ia aguentar ficar esperando o elevador chegar, Guinho? Ia? Você acha mesmo? Claro que não! Subi correndo os cinco andares. Cheguei lá em cima morta! Mas aí com um pedacinho vi você chegando. Aquela coisinha pequena, todo sujo ainda, um pacotinho. Lindo, Guinho. Lindo. Cara de joelho, não! Ai de quem disser que você tinha cara de joelho... Valeu a pena ter subido os 5 andares.

100, até, valeriam.

Nos primeiros dias você não fazia muita coisa, sabe?! Você era bebê... (porque, claro, agora, com 7 meses, você já é um homem). Dormia, comia e chorava. Mesmo assim, eu já era louca por você.
[...]

2 comentários:

  1. Eita, Rafinha, tu me fez lembrar do nascimento das minhas duas sobrinhas. Teve umas coisinhas bem parecidas, principalmente, na receptividade da família, no comecinho, quando souberam que minha irmã tava grávida. Foi um DEUS nos acuda. Painha mandou ela embora de casa e tudo. Mas, como sempre, o risinho de Camilly, foi determinante pra quebrar o gelo e todos os princípios éticos de se ter um filho (a) os 15 anos de idade. E, hoje, tê-las em casa, é a maior felicidade que existe pra nossa família.

    É bom ser Tia, mas acho que deve ser bem melhor ser MÃE. É o que a gente sente, multiplicado pelo infinito. =))

    Beijo!

    Sayonara

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  2. Meu Deus, o amor é lindo!
    Palavras lindas, Rafinha, e se eu fosse você imprimia o texto pra colocar no álbum dele... são lembranças que ficarão para sempre, mas tanta coisa ainda está por acontecer que não vale a pena que NADA diminua a intensidade dessas recordações!
    Cada palavra sua, no futuro, conseguirá expressar o quão lindo foi esse momento!

    Beijooo

    Gabi.

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