terça-feira, 29 de novembro de 2011

Você tem toda razão: tudo muda. Inconsequentemente, muda. Indubitavelmente, muda. Assustadoramente, também. Acontece.

E de tão assustador, a gente vai perdendo o medo. Vai pintando a casa, vai deixando os novos ventos entrarem. Assim, como quem não quer nada. Como quem espera para ver o que vem por aí.

Sentada na calçada, na cadeira de balanço. Casa de vó. Cheirinho de chuva molhada, gosto de arco-íris. E com o amanhecer, a rosa que florece. Borboleta que levanta vôo - por mais estranho que essa palavra possa parecer. Borboleta. Por mais estranho que isso tudo possa parecer. Pra sempre, mesmo que pra sempre sejam só 3 dias. Três semanas. 3 meses. Que seja eterno enquanto dure.

3 décadas.

Maciez de beijo de avô. De boa noite. Beijo na testa. Bom dia. O sol entrando - verão.

Você entrou.

Você chegou, faz tempo. Entrou. Sentou à mesa de jantar, deitou na cama, pediu o lençol, pegou a toalha.

Você. Aqui.

Entrou sem pedir licença. E eu deixei, fui deixando. Eu queria. Sempre quis.

Fica. Eu quero.

Samba no meio da madrugada. Pés se entrelaçando. Palavras doce no fim da tarde. Violão. O teu não sei quê de paraíso. Minha mania de te beijar.

Você é lindo.
Vem cá.

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