sábado, 3 de agosto de 2013

o amor a gente rega. ele nasce sem data definida, sem agenda pré-pautada. nasce de cada gesto, cada ato, cada silêncio, cada palavra. nasce também dos minutos vazios - que, dia após dia, vão sendo preenchidos. ele é fruto do querer, e não da vontade. é o contrário das paixões.
o amor dura. ele ultrapassa os anos, ultrapassa o tempo. é a base das conquistas, o apoio nos obstáculos. é o inevitável, o impreciso, e o preciso. mais que tudo - o preciso. é a necessidade, irrefutável. e indizível. ininteligível. e o que sobra, é a saudade. é o querer refazer os meses, os dias. e, depois, aceitá-los como são.
o amor exige garra. exige paciência, dedicação. é, na verdade, uma parceria - de ritmo, tons, cores e versos. e, a qualquer descompasso, há quem pense - e eles dizem - que o palco - dos amantes - pode fechar as cortinas. mas eles esquecem (e eu digo): a plateia já foi dispensada.
o amor - esse sim, que faz o dia serem dias, as noites serem noites, o mundo girar, e a gente não enlouquecer - precisa, antes de tudo, do compromisso. não das palavras, mas do querer. do sacrificar-se a si mesmo, em busca de um objetivo em comum (com o ser amado). e ele, só há de ter valor, em casos recíprocos.
o amor não nasceu pra ser encenado. mas, tais quais as peças, é necessário fôlego para, quem quer dele fazer parte.

fora isso, trata-se, apenas, de egos inflados.

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